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O Pianista, O carregador de Pianos e a Platéia


O Pianista, O carregador de Pianos e a Platéia

Comentando com meu presidente, o Cl. João Cappra, chegamos à conclusão de que existem certas situações da vida real que muito se assemelham ao que ocorre no Lions, e às vezes nos remetem a problemas que nem todos os dirigentes são capazes de perceber. Esse é um caso, que em tom de fábula pode servir de exemplo para algo que observamos em nosso clube de maneira constante desde nossa longa estada de mais de 25 anos e que nos parece ocorrer em todos os clubes.
Para que haja um espetáculo é preciso que alguém carregue o piano, um pianista que, com seu talento o toque e também uma platéia que o aplauda. Todos são importantes, pois a falta de qualquer um impede que o espetáculo se realize. Se o pianista faltar não temos o espetáculo. Se o carregador não colocar o piano no palco, o pianista não toca e se não houver platéia para aplaudir, o concerto do pianista não serve para nada. No Lions vemos com pesar que em certos meios se prega a idéia de que todo o leão deve ser pianista, carregador de piano e platéia ao mesmo tempo, esquecendo-se um princípio básico que todas as pessoas de média cultura que conhecem um pouco de psicologia sabem, de que as pessoas são diferentes. Em nossa instrução leonística O Fiel da Balança e o Homem de ação já mostramos isso com a diferenciação dos companheiros que agem e os que pensam. Os que têm as boas idéias e os que sabem como colocá-las em prática, mostrando que ambos são necessários ao bom andamento de um clube. Querer que companheiros que tenham vocação para carregar o piano toquem uma peça, que os que tocam passem para a platéia para aplaudir e que um espectador suba ao palco para tocar é algo que foge a razão. Quando soubemos que uma das diretrizes de um de nossos governadores é a de que todo leão deve ser preparado para ocupar todos os cargos num clube ficamos pasmos. Este tipo de ação é que espanta novos sócios e leva os antigos a conflitos com aqueles do clube que tendem a ser pianistas, ditando regras, mas que não aceitam quando nessa troca se deseja que eles passem para a platéia ou ainda que não critiquem quando um mero carregador de piano desafina ao tentar tocar algo, por não ser algo para que ele tem vocação. Também não levam em conta que o aplaudir no leonismo significa aquela participação que não aparece, mas significa muito para o sucesso de qualquer empreendimento. Leonismo é voluntariado e no voluntariado fazemos aquilo que sabemos não aquilo que nos é imposto.



Cl. Newton C. Braga
Cl. Newton C. Braga
Cl. Newton C. Braga
 Lions Clube de Guarulhos Sul
Fevereiro 2012

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